sexta-feira, novembro 25

Saudade, diga a esse moço por favor...



O Re embarca amanhã à noite. Para a Espanha, a trabalho. E volta no sábado que vem.
E eu já estou aqui, antecipadamente acabrunhada, com o coração em mosaico de tanta saudade. Já.
É nessas horas que eu me pergunto, indefesa diante da grandeza de um sentimento que não se explica, como é que se pode amar tanto. Sentir tanta falta. Precisar tanto.
Não é um precisar de dependência, não. Nada doentio.
É apenas um precisar delicado. Precisar da presença. Do carinho. Do toque. Precisar sentir a pessoa ao lado. Precisar ouvir o som leve da respiração do outro dormindo ao lado e por um instante tocar o sentido da vida.
Eu preciso, sim. Preciso e não tenho medo de admitir. Nem vergonha.
Porque isso não me faz menos. Pelo contrário.
É estar ao lado dele que me faz mais. Sempre mais e mais.

Ele vai, mas volta. Em seis dias.
Seis dias!
Para mim, uma eternidade...

Imagem: http://www.fpam.pt