sexta-feira, outubro 28

des petit cuillères


- mini-vacaciones: domingo pela manhã embarcamos de mala e cuia (e berços portáteis, e banheirinha inflável, e carrinhos, e brinquedinhos mil, e... , e... ) para a praia e voltamos só no outro domingo. Uma semaninha só para nós quatro, com direito a muito sol e, se der, um pouquinho que seja de sombra e água fresca, espero. Isso significa uma semaninha sem computador, sem e-mail, sem blog (o meu e os dos outros), mergulhada até a tampa no 'mundo real' (ai que medaaaa...).

- mini-braçadas: levamos ontem as meninas à primeira aula de natação para bebês. Mezza mozzarella, mezza calabresa. Elas curtiram a água, mas estranharam as pessoas e o agito, acho. Metade do tempo se divertiram, a outra metade reclamaram. Semana que vem, mar. Na outra semana, tentamos piscina de novo. Veremos no que dá.

- mini-sonhos: tenho pensado cada coisa ultimamente que nem me reconheço. É incrível, e por vezes assustador, o quanto os filhos mudam nossa forma de ver a vida, de sentir o mundo, de planejar o futuro. Imaginem só que eu, bicho urbano até a raiz dos cabelos agora espetados, tenho me surpreendido pensando em como seria bom viver em uma cidade tranquila, em uma casa com quintal imenso, muito verde, enormes cachorros brincalhões, flores nas janelas e DVD com lareira nas noites de muito frio. Longe, silêncio, quietude mesmo. Por enquanto são devaneios e nada mais. Mas às vezes tomam tal proporção que me pergunto: será que eu conseguiria?

- mini-frustração: é o primeiro em muitos anos de Mostra Internacional de Cinema que passa incólume por mim. Sem que eu tenha visto (ou mesmo ouvido falar) de um filminho sequer. E o que é pior: no momento me vejo mesmo mais interessada em assistir repetidamente duas criaturinhas lindas e gordas que acabam de aprender a mostrar a língua e não parecem cansar-se de exercitar o aprendizado. Pergunto-me: será que é pátológico? Tem cura?

- mini-me: lindas fotos das pimentinhas à disposição dos mais curiosos no fotolog (http://oseuseosoutros.nafoto.net). Deliciem-se com parcimônia (!). Durante uma semana, é tudo o que poderemos oferecer.

Arrivederci, amici!!!

quinta-feira, outubro 27

(*)

Ouvir, ouvir, ouvir.
Abrir, abrir, abrir.
Ceder, ceder, ceder.

Por que é tão difícil??

(* imagem de Celia Lacayo, extraída de http://www.ateneagallery.com.ni)

quarta-feira, outubro 26


"... essa era a minha vida: uma criatura fraca e aos pedaços, que vivia adorando a unidade da sua força ..." (*)

Essa frase me veio a cabeça de repente, assim quase sem porquê.
Foi dita por uma amiga em meio a uma cena, exercício de interpretação na escola de teatro. Muito tempo atrás. 1998. E lá se vão sete anos.
Essa frase me bateu fundo na época, disso eu lembro bem. A identificação foi imediata.
É que eu tinha compreendido que era assim minha relação com as pessoas. Eu amava por projeção. Amava nos outros o que eu não tinha. O que eu gostaria de ser. Amava não por amar, mas por desejar ser.
Cometi alguns equívocos assim. Grandes sentimentos que me tiravam do eixo e, no mais das vezes, davam em nada. Isso no mínimo. Quando não me atropelavam e me custavam precioso tempo para me recuperar.
Só que não me arrependo. Parece-me estranho e insensato pensar que poderia ter sido diferente.
É que aprendi tanto com isso. Acho mesmo que é graças a esses pequenos-grandes deslizes sentimentais que hoje eu sei amar diferente.
Porque hoje eu amo as pessoas pelo que elas são. Amo as coisas boas que elas têm. E as ruins também, porque já não me dou mais o luxo de acreditar em perfeição. Ainda bem.
E descobri que amar assim é muito maior, muito mais intenso, muito mais verdadeiro. E que a gente se entrega muito mais. Vive muito mais.
Que quando a gente ama o outro do jeito que é, aceitando cada pedaço, cada traço e cada porém, é que a gente está amando de verdade. Amando de doação. Porque o resto é egoísmo. Querer do outro o que não se tem.
E aí, de susto, vi que essa frase virou apenas um trecho. Um amontado de palavras belamente combinadas, mas que não me encontra mais.
Que eu aprendi com a vida, e que hoje carrego em mim mesma tudo o que sou e tudo o que quero ser.
E o mais incrível é perceber que não pesa.
Aliás, pelo contrário.
É muito mais leve assim.

(* perdoem-me, mas não sei de que peça é esse trecho, muito menos quem é o autor... sorry!!)

terça-feira, outubro 25

(*)
Reencontrar é lindo. É bárbaro e delicioso que se possa ter a oportunidade de estar de novo com alguém que esteve longe, fisicamente ou não. É uma alegria sem tamanho estar de novo próximo àquela pessoa que, distante, fazia tanta falta.
Uma das coisas mais bacanas da vida é que tudo o que vai, pode voltar. Muitas vezes não volta, mas outras vezes sim. E a gente pode sempre ter a esperança de que o que está longe hoje venha para perto novamente. O vento que leva sempre pode trazer de volta. E, quando é importante, uma hora acaba trazendo. De um jeito ou de outro.
Dá um calor gostoso na alma saber que as pessoas que a gente ama estão de novo próximas, de novo junto, de novo possíveis. Isso faz uma diferença enorme, que nem parece. É que a vida acaba ficando mais leve, porque a gente tem com quem dividir.
Eu não sei se tive as palavras certas para viver esse momento. Não sei se deixei claro o quanto o momento era importante. O quanto era especial.
Eu espero que sim. Porque foi importante demais e é fundamental que você saiba.
Fiquei feliz de te reencontrar. Mesmo sem nunca ter me perdido de você.
Estou feliz da gente estar juntos de novo.
Juntos, nessa caminhada da vida.
E nos teus passos, eu estou aqui para ajudar no que puder. Espero e preciso que você saiba disso. Que você sinta e saiba.
Tudo, tudo o que puder.
Agora, amanhã.
Hoje, sempre.
Sempre e sempre.

(* imagem extraída de http://www.poemar.com)

sexta-feira, outubro 21

meus amigos, meus heróis



gracias, gracias, gracias!!
Graças à ajuda atenciosa e paciente dos meus queridos Thá (http://burranona.blogspot.com) e Bhuda (http://bhuda.blogspot.com) via MSN, consegui finalmente deixar o blog com a cara que eu queria. Agora, sim, tem os links divididinhos, os blogs dos amigos, sites interessantes, indicações literárias... tudo, tudo, tudo.
Obrigada, amores!! Não sei o que seria de mim sem vocês...
Aliás, sei. Seria uma blogueira confusa, perdida e sem rumo pela net.
Graças a vocês, já não sou mais.
Só que o beijo na boca vou ficar devendo. Que o Re é ciumento que só ele...

Agora, sim, bem vindos ao MEU espaço. Porque agora é que ele é meu, mesmo.
Bem com a minha cara e do meu jeito.

PS: "O Matador". Maravilhoso. Amei. Terminei agora de manhã e ainda tô aqui meio passada, meio zonza. Bárbaro mesmo. A ascenção e queda mais intensa e bem construída que eu já vi.
Mas sim, "Valsa Negra" ainda é meu preferido...
PS do PS: só vai entender esse PS quem tiver lido o post do dia 05 de outubro, no blog antigo - http://eueosoutroseus.zip.net

(* imagem extraída de http://www.cirilovelosomoraes.com.br)

quinta-feira, outubro 20

filhas de peixe




... será que os vícios da leitura e da escrita são trasmitidos pelos genes??










PS1: ao pessoal que lê o blog e deixa comentários, um pedido: como o blogspot não oferece um espaço para quem comenta deixar seu e-mail, por favor, coloquem o dito cujo entre parênteses, junto com o nome (Fê, ótima idéia!!). quem comenta sempre não precisa deixar toda vez. só de vez em quando, para que eu possa escrever para vocês quando tiver um 'contra-comentário' para fazer... ;-p

PS2: mudei de blog, mas a incompetência internética continua, portanto ainda tem coisas aqui que eu não descobri como fazer. então, se tiver por aí alguma alma blogueira e caridosa que tenha blog do blogspot e possa me ajudar, por favor: como é que eu faço para colocar os links nesse negócio e para tirar do "ABOUT ME" meu nome e a cidade?? graças, graças, desde já!

quarta-feira, outubro 19

para você, no seu aniversário


"... um exemplo de bondade e respeito, do que o verdadeiro amor é capaz ..." (*)

Eu amo. Amo tanto. Amo você.
Você. Você é incrível, é especial.
Você é doce, tão doce como eu jamais imaginei que um homem pudesse ser.
Você é inteligente, e desafia meu próprio raciocínio em deliciosas e intermináveis discussões.
Voce é romântico, e me surpreende enchendo minha vida de cor quando eu menos espero.
Você é sensível, e não tem medo de demonstrar que sente.
Você é verdadeiro, e se deixa conhecer por quem você ama.
Você é teimoso, quase tanto quanto eu, e é duro te convencer a mudar de idéia.
Você é culto, e conhece tantas coisas, tantas, que às vezes me faz sentir meio 'provinciana'.
Você é carinhoso, e o seu toque suave me faz ter desejos de parar o tempo.
Você é divertido, e adora me fazer rir quando estou triste.
Você é racional, e sempre tem que ver as questões pelo lado mais prático, o que me deixa louca.
Você é pragmático, e tem uma forma de ver o mundo que é só sua.
Você é ansioso, e às vezes me deixa até tonta, mas com um charme todo especial.
Você é cético, mas enxerga além como só os místicos conseguem.
Você é complicado, mas eu adoro me perder nas suas curvas e desvios.
Você é responsável, e às vezes assume para si até o que não deveria.
Você é lindo, e a cada dia que acordo a seu lado descubro um encanto diferente.
Você é sexy, e tem um jeito de seduzir que eu não consigo explicar e que ninguém mais tem.
Você é a pessoa mais bacana que eu já conheci.
Você é aquele com quem eu sou mais eu.
Você é meu melhor amigo, meu melhor amante, meu melhor amor.
Você é a minha descoberta mais incrível.
Você é a minha verdade. É onde eu me perco. E onde me encontro.
Você é meu, só meu. Você é aquele que eu amo. Aquele que eu escolhi.
Você é a minha estrada, e sem você eu não sei como guiaria meus passos.
Sem você eu não me reconheceria. Sem você eu jamais seria tudo o que posso ser.
Porque você é a minha melhor parte fora de mim.
E hoje é o seu dia.
E eu tenho vontade de te dizer tanta coisa, tanta.
Te amo. Tanto.
Você sabe. Sabe? Parabéns, meu ursinho, parabéns.
4.9...
... e só melhorando com o tempo.
Feliz aniversário, vida.
Te quero. Sempre.

(* Renato Russo, em "Vamos Fazer um Filme")

terça-feira, outubro 18

o tal do desarmamento...


Eu estava certa. Bem certa. Sem sombra de dúvida. Sim, claro. Como não?
Só que, de repente, me foi plantada na cabeça a sementinha da dúvida. Aquela sementinha assim, bem pequenininha, quase imperceptível, mas que, uma vez plantada, cresce, cresce. E cresce.
Eu já não sei. Mesmo. Hoje, votaria sim. Mas posso dizer que agora já entendo certas motivações pessoais para o não. Que não entendia antes.
Minhas razões para o sim são bem lógicas para mim. Sou a favor do desarmamento porque não acredito que possuir uma arma garanta segurança a alguém. Aliás, pelo contrário.
O que me chamou a atenção foi um paralelo traçado com uma outra opinião a respeito de outro assunto. Uma opinião minha mesmo, exaustivamente pensada e repensada, muito clara e bem resolvida.
Falo da legalização do aborto. Eu sou a favor. Mas pra mim está bem claro que ser a favor da legalização do aborto não significa ser a favor do aborto. Pau é pau, pedra é pedra. E ambos são o fim do caminho, mas isso já não vem ao caso.
Voltando ao aborto: eu tenho muito claro pra mim que não sou a favor DO ABORTO. Eu não acho que seja uma opção legal, nem válida, e jamais faria um. Mas defendo convictamente a liberdade de cada mulher decidir o que é melhor para si. Acredito, sim, que uma mulher que se vê às voltas com uma gravidez indesejada (ainda que esteja nessa situação por irresponsabilidade, porque essa, pra mim, já é uma discussão à parte) tenha o direito de decidir se quer levar essa gravidez adiante ou não. É um direito sobre o próprio corpo, sobre a própria vida, pra mim, inalienável.
Agora retornando ao assunto da conversa que, afinal, é mesmo o desarmamento. De repente eu compreendi que muita gente (vejam bem, não todos) que defende o desarmamento tem uma visão análoga a essa que eu descrevi aí em cima. Não são a favor das armas, jamais teriam uma em casa e não acreditam que andar armado seja solução contra a violência. Mas defendem o direito do vizinho de pensar diferente. E acreditam que cada um deve poder decidir o que acha melhor para si, andar armado ou não. E, de certa forma, também é uma decisão sobre a própria vida, sobre a própria segurança. Inalienável? Ainda não sei.
O ponto em que esse raciocínio tropeça, pra mim, é que eu acredito que, se o meu vizinho tem uma arma, está colocando não só a própria vida em risco, mas a minha também. Se a casa dele for assaltada e ele resolver entrar em um tiroteio com o assaltante, pode sobrar bala pro meu lado. Da mesma forma, se eu páro em um farol e o motorista do meu lado resolve sacar a arma para reagir ao assaltante que surgiu de repente, quem pode sair perdendo sou eu. Então a afirmação de que é uma decisão sobre a própria vida é, no mínimo, questionável.
Toda questão tem mais de um lado. Essa, pelo jeito, tem muitos. Vai além de uma luta maniqueísta entre o bem e o mal, os 'bandidos armados' e os 'bonzinhos pacíficos'.
Pra mim, o que continua claro é que ninguém está mais protegido da violência porque tem uma arma, que arma em casa ameaça mais a vida do morador que a do bandido e que, se o Estado não garante a segurança do cidadão, que seria sua responsabilidade, o caminho é lutar para que passe a garantir, e não aderir ao 'cada um por si, e deus sabe lá onde...'.
Hoje, eu continuo votando pelo sim.
Mas descobri que não é tão simples assim.
Aliás, nada é.

(* imagem extraída de http://medias.lemonde.fr)

segunda-feira, outubro 17

por mim, tudo bem...



"... mas o teu amor me cura / de uma loucura qualquer / é encostar no seu peito ... / e se isso for algum defeito, por mim tudo bem ... " (*)

Vai por ali. Não. A porta fechada. Senta. Desespero? Talvez. Se se permitir. Mas ainda não é a hora. Caminha mais um pouco. Cansada. Mas tenta. Ainda. Ao longe, mais um caminho. Segue. Esperança. Agora vai. Sente. A porta. Para o nada. Também não. Desânimo. Corre. Corre. Corre. Fugir, quem sabe. Desistir. Mas não. Ainda não. Caminha. Pés, cansados. Dói. Respira. Fundo. Esperança, ainda. Quem sabe? É possível. É preciso acreditar. É possível. Ainda. Outra porta. É essa. Tem que ser. Passos pequenos. O medo, agora e sempre o medo. Hesita. Mas abre. Também não. Também nada. Também vazio. Chega. É o fim. Não pode mais. Desistir. É preciso também. Quando chega a hora. Desistir. Senta. E chora. E chora. E chora. Não quer deixar para trás. Não quer olhar para a frente. E chora.
A mão. Estendida. Tentar mais uma vez. Mais uma vez, quem sabe. O toque. A força. A esperança. O amor. Ainda. O amor.
Os passos. Juntos. Não mais sozinha. Agora pode. Com ele, pode. Sabe que pode. A força. O amor.
A porta. Ao longe, mas é. A porta. É agora. Sabe, sente. Sente, sabe. Não teme, confia. É esse o caminho. Esse, o que procurava. Essa a porta. Essa a saída. Essa a solução. O amor.

Encontrei o caminho. Encontramos. Acho. Não, não acho. Sei. E acredito. Agora sim.
Como é bom respirar fundo e sentir a vida.
Sim, está tudo bem.
Tudo bem.

(* Lulu Santos, em "Tudo Bem")

sexta-feira, outubro 14

Todo o sentimento


Aí está. A foto que faltava.
O Re, meu amor, amigo, companheiro. Minha vida. E as nossas lindas pimentinhas, frutos desse amor lindo, intenso. Único.
Não tem nada mais especial para mim do que assistir esses momentos. Ver esse carinho. Essa união. A nossa família.
Eu chego a ficar com o coração pequenininho. De tanta ternura. Parece que chega a sufocar.
Tão bom ter a felicidade assim. Ao alcance da mão. Aqui ao lado, presente, possível, simples. Verdadeira. Inteira. E imensa.
Tão bom.

quinta-feira, outubro 13

Ói nós aqui


Essas somos nós. Eu e minhas duas pequenas. Minhas pimentinhas. Ana Luz (no centro) e Estrela, duas lindas presenças iluminadas que me dão força, alegria e sentido.
Para a foto estar completa e nos definir a fundo, falta o Re. Mas, acreditem se quiserem, não conseguimos tirar sequer uma foto dos quatro juntos desde que as meninas nasceram. É, o ritmo de pais de gêmeos não é mole não...
Para os que não nos conhecem, muito prazer. Somos assim. Ame-nos ou deixe-nos.
Para os que já são companheiros, entrem e fiquem à vontade. Esse é o nosso novo espaço.
Casa nova, renovação, limpeza, mudança. Tudo de bom.
Para quem estiver chegando agora e quiser saber de tudo o que já fomos, já dissemos e já fizemos (e que não é pouco, porque somos bem 'da pá virada' mesmo...), dê um pulo na nossa antiga casa:

É velhinha, empoeirada, bagunçadinha. Mas é nossa.
E a gente quer mais é guardar o passado bem acarinhado e protegidinho, para poder dar aquela espiada quando bater a saudade...