terça-feira, janeiro 24



É tão bom quando a gente percebe que a vida é simples, e que a gente só complica se quiser.
Quando a gente se redescobre leve, disponível, pronta. Aberta, mesmo. Disposta.
Para botar o pé na estrada e seguir em frente. Sem medo do que vier. Se tiver que vir, que venha.
Tão bom ter de novo aquela sensação de que a gente pode. Que consegue. Que chega lá.
Ainda que demore, porque às vezes demora.
Ainda que doa, porque às vezes dói.
Ainda que canse, porque às vezes cansa.
Mas se vale a pena, a gente caminha. Continua. E ainda bota um lindo sorriso no rosto e muita esperança no olhar.
Que disso é feita a vida. De acreditar que se possa chegar lá. E de curtir o caminho, também.
Cada passo. Cada pedra. Cada gota.
Cada cor que a gente se permita enxergar.
Porque há que se permitir. Sim, essa prerrogativa é nossa.
Senão, não dá jogo. A bola fica parada no meio do campo. Sem graça, sem razão. Sem vida.
Que a vida só existe no movimento. Na dinâmica, no movimento. No som e na fúria.
Nas flores, no vento. Na brisa, na terra. No toque. No risco.
Nos dias que a gente vive, cada um com a sua cara. Com o seu jeito.
Sei lá. É isso, a vida. Acontecendo, assim, de repente.
É louca. É surpreendente. É perigosa. É saborosa.
É simples, quando a gente abre os braços para ela.
É boa.
Sim, muito boa.