segunda-feira, março 6

cheia de manias e toda dengosa



Mania. Taí uma coisa que todo mundo tem. Uns mais, outros menos. Umas mais excêntricas, outras bem comunzinhas. Mas que tem, tem. Pode apostar.
A Lu, do Ventania, acaba de expor por lá suas maiores manias. E me passou o convite para fazer o mesmo aqui no 'outros eus'.
Bom, manias eu tenho aos montes, milhares. Aí vão as primeiras que me vieram à cabeça:

1) juntar papéizinhos de todos os tipos - bilhetes, entradas de cinema ou teatro, recortes interessantes, cartas, anotações cotidianas... (tá, Lu, essa eu roubei de você, mas não foi trapaça não! Fazer o que se nós compartilhamos essa esquisitice?);
2) abrir um livro, uma revista, um jornal ou mesmo um rótulo qualquer para ler enquanto como (se eu estiver sozinha, logicamente, que mal educada é que eu não sou!);
3) enrolar o cabelo nos dedos quando estou distraída, reflexiva ou com sono;
4) rabiscar enquanto falo ao telefone, em geral escrevendo meu próprio nome ad infinitum;
5) falar sozinha, até mesmo no meio da rua, o que pode assustar transeuntes mais desavisados;
6) levar uma garrafa de água para a cama e deixar à mão para beber aos golinhos no meio da noite;
7) coçar a garganta fazendo um barulho que - sim, eu tenho consciência - é estranho e levemente assustador;
8) nunca passar em frente a uma livraria sem dar uma espiadinha e fazer uma anotação mental de - pelo menos - uns dez livros que não posso deixar de ler;
9) colocar no aparelho de som uma música que reflita meu estado de espírito no momento, programar o modo 'repeat' e ouvi-la nos limites do suportável - para mim e para quem estiver comigo;
10) comprar toneladas de brincos sempre que passo em uma dessas feirinhas de rua - o que, no meu caso, mais do que uma mania torna-se uma necessidade incontestável, já que minha especialidade é perdê-los e ficar frustrada quando só encontro um brinco de cada par;
11) viver mudando a disposição dos móveis da casa, porque só de pensar na palavra 'rotina' já tenho calafrios, e não aguento nada igual por muito tempo - ainda bem que isso não se aplica aos assuntos do coração (o Re agradece!);
12) fotos: adoro ver, guardar, rever, relembrar - indícios da minha alma indubitavelmente saudosista;
13) bater três vezes na madeira mais próxima quando digo ou penso - ou alguém ao meu lado diz ou pensa - algo que não quero que aconteça;
14) cantar - no chuveiro, enquanto lavo louça, para fazer as meninas dormirem, andando na rua, para passar o tempo;
15) espreguiçar-me longamente quando acordo, antes de levantar da cama - mania que tem sido deixada de lado graças às minhas lindas pimentinhas, que me chamam do quarto ao lado com seus sonzinhos irresistíveis;

Lu, tá feito! Agora, convido a Thaís, a Raquel e a Camilinha a confessarem suas manias mais secretas.
Quem viver, verá!

PS: o título do post é um resquício de uma época negra da minha vida, algo que envolve rodas de pagode e que prefiro - deliberadamente - esquecer. Abstraiam, por favor!