quarta-feira, abril 19

menininhas do meu coração

O tempo passa, sim. Mesmo que a gente não se dê conta, mesmo que a gente não queira, mesmo que a gente se esconda. Ele nos encontra, e passa. E passa.
Estão aí as pimentinhas, fazendo um ano logo, logo. Há exatos onze meses atrás, num 19 de maio exuberante e ensolarado, chegavam ao mundo duas criaturas delicadas, frágeis e pequeninas. Vinham trazendo uma nova vida, um novo mundo.
E eu? Lembro-me como se fosse hoje dos nove meses de barriga deliciosa, de cada horinha do parto, do êxtase de tê-las nos braços, da loucura dos primeiros dias em casa, do conhecimento mútuo pouco a pouco, de cada momento de descoberta das minhas meninas. De cada sorriso, de cada lágrima, de cada som e da cada cheiro.
E cada vez mais me dou conta do grande barato que é ser mãe. Da poesia de ver dois pequeninos pedaços de você ganhando vida própria, criando suas vontades, virando 'pessoinhas' diante de seus olhos. Da alegria obscena de ter a felicidade ao alcance das mãos, possível e palpável. Da vontade incontida de eternizar pequenos momentos, brincadeiras no final de tarde, sonoras e sinceras gargalhadas pelas coisas mais simples, sorrisos, toques, olhares.
Minhas pimentinhas fazem de mim uma pessoa mais apaixonada. Por elas, pela maternidade, pelo meu amor, pela vida. Por mim mesma.
Esse é o presente que elas me dão, dia a dia.
E eu não consigo imaginar outro melhor.