segunda-feira, maio 29

era uma vez


Certas coisas na vida são de um jeito e pronto, são.
Não adianta brigar, acreditar, correr atrás. Elas não mudam. Seguem seu caminho, o mesmo que sempre foi. O tempo passa, todo o resto muda, mas certas coisas apenas permanecem.
E faz parte da vida a gente aprender a aceitar essas coisas. Aceitar que, por mais que a gente deseje que seja diferente, certas coisas apenas seguem sendo, como sempre foram. Talvez seja o grande gesto de generosidade, humildade diante do curso da vida, imenso demais para caber na palma das nossas mãos. Talvez seja o desprendimento de estender os braços e deixar que vá. Que siga por onde tiver que seguir e cumpra sua jornada, seja ela qual for.
Eu, por ser quem sou e como sou, acho difícil demais aprender a agir assim. Porque eu, por definição, acredito, e não desisto. É um vício danado, esse da fé. E é meio assim que eu sou, alimentando sempre, mesmo que secretamente, a esperança do 'final feliz'.
O problema é que nem sempre ele vem. Ou vem, mas não é exatamente do jeito que a gente esperava.
Mas talvez (talvez) nem por isso deixe de ser feliz.
É, talvez.