quarta-feira, agosto 16

de secas e tempestades



traga-me um copo d'água, tenho sede
e essa sede pode me matar
minha garganta pede um pouco d'água
e os meus olhos pedem seu olhar

a planta pede chuva quando quer brotar
o céu logo escurece quando vai chover
meu coração só pede o teu amor
se não me deres, posso até morrer

Tem dias em que certas palavras acertam em cheio o que vai dentro da gente.
Tenho me sentido meio assim. Uma sede doente que me arranha a garganta e apequena o coração.
E, às vezes, a nítida sensação de que vou morrer de sede, à míngua, na beira do caminho.

letra de Dominguinhos